terça-feira, 18 de janeiro de 2011

No que você está pensando agora?

Wow, esse blog está com teias d aranha d tão abandonado...

Então leitores (mãe), a época das grandes premiações cinematográficas (hollywoodianas) está em curso,  por isso decidi fazer uma breve crítica/sinopse sobre um dos filmes q mais me chamou atenção da safra d 2010: "A Rede Social".


O filme é baseado na obra de Ben Mezrich, "Bilionários por Acaso - A Criação do Facebook", que conta a história de Mark Zuckerberg, desajustado estudante de Harvard,  q cria o império do site de comunicação Facebook em meio a várias intrigas, traições e processos judiciais. Vamos ao filme.

Primeiramente quero expressar minha admiração pelo diretor David Fincher ("Se7en", "Clube da Luta" e "Benjamin Button", por acaso, todos com o Brad Pitt), que se conteve quanto as suas famosas panorâmicas digitalizadas neste projeto, e em um roteiro mais "pé no chão".

Na primeira cena temos Mark(Jesse Eisenberg) bombardeando palavras a 120Km/h à sua então namorada sobre como existem mais gênios na China do que em qualquer outro lugar e suas aspirações de entrar em um dos exclusivos clubes de Harvard. Logo de cara percebemos que o protagonista é um "Sheldon Cooper" da vida e possui uma grande obssessão no que se refere a ascenção social.

Após levar um fora da namorada porque,convenhamos...Mark volta para seu dormitório e mergulha no único mundo que entende sua linguagem, o mundo virtual. Começa o desabafo de mais um adolescente com o coração partido, que consiste em ofender e humilhar sua ex, contando detalhes íntimos da sua vida na internet para todos verem.

Na mesma noite, em meio a seus amigos nerds, entre eles, Eduardo Saverin, nosso conterrâneo (interpretado por Andrew Garfield, o novo Homem-Aranha), decide criar um site que esquematiza um ranking para determinar qual menina do campus é a mais gostosa.
Ponto para David Fincher, que segundo um dos produtores do filme, consegue fazer cenas que envolvem cálculos e linguagem computacional parecerem tão emocionantes quanto um assalto a banco.

Óbvio que a criação do site causa grande repercussão na universidade, o que chama a atenção dos irmãos Winklevoss, que abordam Zuckerberg, oferecendo-lhe a oportunidade de desenvolver um site de relacionamentos integrado a universidade de Harvard.

A partir desta idéia, Mark, com o auxílio de Eduardo, começa a desenvolver o site que viria a ser o Facebook, evitando contato com os Winklevosses.
Com o tempo a pequena empresa montada na universidade começa a atrair cada vez mais investimentos, o que desencadeia constantes discussões entre fundador e co-fundador, resultando em um repúdio na relação entre os dois.

A esta altura do filme, ilustra- se a presença de flashbacks, que mostram passagens dos processos movidos por Saverin e os irmãos Winklevoss contra Zuckerberg, oscilando entre esses momentos de brigas judiciais e a história corrente, até o desfecho.




Andrew Garfield (Saverin) a esquerda e Jesse Eisenberg (Zuckerberg) a direita.

 Bom, pessoalmente, quando fiquei sabendo que iam fazer um filme sobre a criação do Facebook, pensei: "Meu, que coisa tosca", "Que decepção David Fincher" "Justin Timberlake no elenco? Que decepção David Fincher [2]". No entanto, o filme trata muito mais do que meramente a criação do site, fala sobre amizade, traição, ética, mas devo dizer, o que mais me chamou atenção na história foi a ironia que existe no fato de uma pessoa completamente introspectiva criar a maior rede de relacionamentos virtual do mundo.

No geral, as interpretações de Eisenberg e Garfield são muito boas,sendo o relacionamento entre os dois amigos central no filme, e a grande surpresa é Justin Timberlake, que convence muito bem como Sean Parker, o encrenqueiro criador do Napster (quem lembra do Napster?).
Lembrete: Não julguem um ator pela sua música.

Voltando pra vida real, o verdadeiro Mark Zuckerberg classifica o filme como pura ficção, ele nem sequer quis colaborar com o livro de Mezrich.
Verdade ou não, eu concordo com a atitude de Zuckerberg, eu também não gostaria de ter um filme exibido no mundo todo me pintando de uma forma negativa. Porém, Fincher montou uma obra que caracteriza seu protagonista de forma muito sutil, deixando o julgamento a cargo do espectador.

 Este pensamento está expresso nas falas de uma advogada, que na última cena diz a Zuckerberg: "Sou uma novata, e até eu conseguiria jogar o júri contra você" e "Você não é um canalha Mark, só se esforça muito para ser um".

Enfim, se você assistiu o filme ou ficou com vontade de assistir, comenta aí o que achou, flowzzz.